30.07.23
De Queluz para o mundo, BDK ROOTZ.
Um grupo que conta com mais de três dezenas de elementos com amor ao drill, assim como outras sonoridades que arrebatam as ruas.
Na recente conversa com o grupo BDK, ficou claro que a união e a amizade são pilares fundamentais na trajetória deles. O grupo não é apenas uma coletividade musical; eles se veem como uma família.
“Aqui na zona, somos todos amigos”, afirmam, enfatizando que essa ligação profunda é o que os diferencia de outras “firmas” no cenário musical.
Essa união é uma arma poderosa que eles acreditam ser essencial para alcançar o sucesso, especialmente em um ambiente muitas vezes hostil e competitivo. Os BDK não se furta a discutir suas ambições: “Queremos chegar ao topo!” Essa afirmação ressoa como um manifesto de determinação, refletindo a luta constante que enfrentam. “Estamos aqui para crescer e trazer novas gerações”, dizem, sinalizando que a música deles é uma continuidade de algo maior. No entanto, eles reconhecem que essa busca não é isenta de desafios. A indústria da música pode ser implacável, e a pressão para se manter relevante é intensa.
O grupo aborda questões profundas e relevantes em suas letras, revelando uma preocupação com a realidade das pessoas que os ouvem. “Muita gente sofre nesse mundo, e há quem não consegue ver isso”, afirmam. A crítica social é um elemento vital na sua música, e eles se esforçam para expor verdades muitas vezes ignoradas.
“Estamos aqui para mostrar a realidade, para fazer acontecer”, dizem, desafiando os estereótipos que cercam o rap e a música urbana. Os BDK também não têm medo de falar sobre o lado negativo que muitas vezes é associado à sua música. Eles reconhecem que a sociedade tende a focar em uma narrativa distorcida, ignorando a mensagem positiva que desejam transmitir.
“As pessoas veem o lado errado”, dizem, referindo-se à maneira como muitos julgam a cultura hip-hop e as vivências dos artistas. Para eles, é crucial que o público veja o valor na expressão artística e na narrativa que estão a construir. Apesar da diversão e da celebração que a música pode trazer, o grupo enfatiza a necessidade de profissionalismo. “É trabalho, é dedicação”, afirmam.
Os BDK acredita que o sucesso é fruto de um esforço coletivo e da seriedade com que encaram a sua arte. Eles se opõem à ideia de que a música deve ser encarada de forma leve, afirmando que por trás de cada batida e verso há um compromisso inabalável em se superar e oferecer o melhor. Em um país onde a cena musical ainda está em crescimento, o grupo é claro ao afirmar que a luta por visibilidade é real. “A oportunidade aqui é pouca”, ressaltam, mencionando que artistas emergentes muitas vezes enfrentam dificuldades em serem ouvidos.
Eles apontam a necessidade de um espaço maior para as vozes que representam realidades diversas, pois acreditam que isso enriqueceria a cena musical. No cerne da conversa, a mensagem do grupo BDK é clara: eles estão aqui para fazer a diferença. Eles desejam que a sua música não apenas entretém, mas também desperte reflexões e emoções nos seus ouvintes.
O grupo está determinado a quebrar barreiras, trazer à luz questões sociais e mostrar que a sua arte é uma forma de resistência. A luta deles é pela autenticidade, pela expressão verdadeira e por uma música que, acima de tudo, represente as vozes que muitas vezes permanecem silenciadas.
Os BDK não é apenas um grupo musical; eles são um movimento em busca de reconhecimento e transformação, prontos para desafiar as normas e deixar uma marca indelével no panorama musical. Com determinação e autenticidade, eles prometem continuar a inspirar e a provocar discussões necessárias em cada letra que criam.
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