28.01.24
Andre Romba, AKA Dezinho nascido e criado num bairro da periferia de Lisboa, Zona J de Chelas. Desde cedo conheceu a paixão pelo Hip-Hop, e descreve a vida nos subúrbios da capital portuguesa, através da sua arte.
Dezinho inicia o seu discurso comentando sobre as críticas que recebe, afirmando que as pessoas podem continuar a criticá-lo enquanto ele prossegue com o seu trabalho. Apesar de ser uma pessoa que normalmente mantém uma atitude positiva e se esforça para viver um dia de cada vez, revela que a ansiedade é uma parte constante da sua vida. Ele descreve-se como uma "caixa de surpresas" e uma "caixa de emoções", utilizando as cicatrizes do seu passado para moldar o seu presente. A sua maior motivação é proporcionar uma vida melhor para a sua mãe, expressando o desejo de a tornar milionária e retirar a sua família de dificuldades. Essa inspiração é fundamental para o seu trabalho na música. Durante uma experiência particular num concerto em Vila Real, ele compartilha uma história divertida sobre uma distração na estrada antes do show, que resulta em momentos descontraídos com os fãs.
Dezinho menciona várias interações com fãs, incluindo um momento tocante em que um jovem mostrou grande entusiasmo pela sua música e pediu conselhos sobre como fazer uma corrente similar.
Também relata uma conversa estranha que teve com outro fã após um show, destacando as diversas experiências que vive ao longo da sua carreira. Ele fala sobre a importância da água e do respeito no seu trabalho, mencionando que as críticas são parte do processo, mas que prefere não se deixar afetar por elas. Para ele, a música e o hip-hop são importantes, mesmo que algumas opiniões não sejam favoráveis. Acredita que a música deve ser um espaço de expressão livre, onde gostos e opiniões pessoais não devem ser impostos. Em relação aos "distracts" e à cultura hip-hop em Portugal, Dezinho revela que aprecia ouvir, mas não se sente inclinado a criar.
Ele critica o individualismo no rap português e defende a ideia de que deve haver mais união entre os artistas. Dezinho expressa que, embora o rap atualmente possa gerar rendimentos, nem sempre foi assim e que é um campo que requer dedicação.
A conversa também se aprofunda nas editoras e na sua relação com elas. Ele sente que, neste momento da sua carreira, não precisa delas para ter sucesso, uma vez que já conseguiu avançar sem o apoio financeiro delas. Apesar de reconhecer a importância do dinheiro, enfatiza que a sua arte não tem preço e que não está disposto a comprometer a sua autenticidade por questões financeiras. Por fim, Dezinho aconselha quem deseja seguir uma carreira artística a acreditar em si mesmos, focar no seu talento e não se deixar abater por opiniões externas.
Enfatiza a importância de manter a própria essência e de nunca esquecer de onde se vem, pois isso é fundamental para o crescimento e sucesso.
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